segunda-feira, 17 de março de 2008

concurso!

E então, qual dos cinco posts abaixo tem o maior efeito cômico? Em retrospecto, eu acho todos insatisfatórios, acho que eles precisavam de uma ambientação em um texto maior para dar o tom cômico, sabe? Criar uma sensação toda pomposa é difícil em apenas algumas linhas. De qualquer jeito, foi divertido gastar diversos momentos do meu dia a elocubrações tão edificantes. A decisão é de vocês galerinha!

(vai, eu tenho certeza que eu ouvi um grilo aí no fundo)

piada podre...
Fui convidado por uma amiga para ir a um show em que os artistas fazem música apenas com batuques em seus próprios corpos. Lhe contei então sobre um cara na Sé que se bate o dia inteiro com um pedaço de peixe enquanto lança fortes assobios ritmados para o ar, e tudo isso por apenas três reais e um cubo de queijo. Ela foi com seus amigos e todos se divertiram à beça. Semana que vem estão todos ansiosos para assistir a um chiuaua com um terrível problema nas juntas que faz com que essas estralem toda vez que ele se aventura a subir no sofá.
Fui convidado por uma amiga a ir num concerto em que não são utilizados instrumentos musicais. A música é feita apenas com batuques retumbantes que os artistas dão em seus próprios corpos! Achei a idéia formidável e disse: "Por que você não me dá três facadas no meu estômago e acaba logo com isso sua porca!?"
Hoje uma amiga me convidou para um show em que se faz música sem nenhum instrumento. Achei a idéia explêndida e perguntei se não gostaria de ir a uma dessas lavanderias fingir que o barulho das máquinas era música precária.

sábado, 15 de março de 2008

Minha amiga me convidou para ir a um show no qual as pessoas fazem música apenas batucando nos próprios corpos, sem o uso de qualquer instrumento. Fiquei muito lisonjeado e lhe perguntei se não gostaria de ir a um festival culinário em que todos os alimentos são preparados sem o uso de qualquer utensílio de cozinha, apenas aparatos provenientes das vísceras de uma vaca.
Fui hoje ver um show em que pessoas fazem música utilizando-se de panelas, latões, talheres, bolas de basquete e até mesmo seu próprio corpo. Por meio de batuques ritmados nesses objetos, entreteram a audiência por umas duas horas. Achei tudo muito divertido, mas no fundo de minha cabeça fica a impressão insistente de que provavelmente conseguiriam um resultado muito melhor se utilizassem instrumentos musicais.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Fui à festa de Lady McDuff, lá encontrei seu pai. Fico feliz em constatar que, aos 96 anos, conserva ainda intacto aquele mesmo ar senil de três anos atrás.

terça-feira, 11 de março de 2008

porcos, picles e patês

Passo importantíssimo.
Finalmente me ocuparei de algo que não pornografia ou televisão em geral.
Minhas últimas tentativas de escrever algo foram mal sucedidas. Eram estórias cabulosas sobre vilarejos com rituais estranhos e sem sentido, festas em que porcos eram dilacerados por senhoras respeitáveis e garotos convenciam a anfitriã a comprar mais patê do que necessário - o que, naturalmente, resulta, dentro de minha trama shakespeariana, numa horda de convidados ébrios entuxando o garoto de patê. Picles estranhamente ficaram de fora de minha produção literária dessa época, muito embora fizessem parte de meu imaginário e o picles que foge do pote, com seus pequenos chapéu e par de sapatos seja um dos personagens de quadrinhos não escritos de que mais gosto.
Digo que essas estórias foram mal sucedidas porque quase ninguém as leu e um número ainda menor de pessoas achou alguma graça ou valor nelas. Sempre um comentário acanhado "bem escrito" ou "um ritual milenar que envolve uma 38?". É claro que há exceções. Meu irmão sempre achou quase tudo isso hilário e, é claro, meu pai me classificou como "pequeno gênio" da escrita devido a uma brilhante obra chamada "Saltite".
Não, caros leitores, apesar da genialidade de "Saltite" eu fui cauteloso o bastante para não deixar as aclamações do público inflarem meu ego sedento. Na verdade, a minha preguiça mental para escrever dissertações na escola mais ou menos contrabalanceava toda a enorme carga de paparicagem que fui obrigado a suportar, aquele enorme fardo, quadril sufocante de galinha cheia de penas em cima de sua prole. Não leitores, eu tenho que explicar meu sarcasmo nas duas últimas linhas e isso é o suficiente para deixar meu ego no lugar.
Demos um monte de voltas, e nos afastamos da órbita almejada. Tudo isso vai mudar com esse blog. Essa é a resposta. Escrevendo planejo dar vasão aos meus pensamentos estúpidos e, quem sabe, começo a prestar atenção naqueles que têm alguma utilidade. Com a prática talvez eu não tenha que escrever algo tão ruim e insincero quanto essa porcaria.