terça-feira, 11 de março de 2008

porcos, picles e patês

Passo importantíssimo.
Finalmente me ocuparei de algo que não pornografia ou televisão em geral.
Minhas últimas tentativas de escrever algo foram mal sucedidas. Eram estórias cabulosas sobre vilarejos com rituais estranhos e sem sentido, festas em que porcos eram dilacerados por senhoras respeitáveis e garotos convenciam a anfitriã a comprar mais patê do que necessário - o que, naturalmente, resulta, dentro de minha trama shakespeariana, numa horda de convidados ébrios entuxando o garoto de patê. Picles estranhamente ficaram de fora de minha produção literária dessa época, muito embora fizessem parte de meu imaginário e o picles que foge do pote, com seus pequenos chapéu e par de sapatos seja um dos personagens de quadrinhos não escritos de que mais gosto.
Digo que essas estórias foram mal sucedidas porque quase ninguém as leu e um número ainda menor de pessoas achou alguma graça ou valor nelas. Sempre um comentário acanhado "bem escrito" ou "um ritual milenar que envolve uma 38?". É claro que há exceções. Meu irmão sempre achou quase tudo isso hilário e, é claro, meu pai me classificou como "pequeno gênio" da escrita devido a uma brilhante obra chamada "Saltite".
Não, caros leitores, apesar da genialidade de "Saltite" eu fui cauteloso o bastante para não deixar as aclamações do público inflarem meu ego sedento. Na verdade, a minha preguiça mental para escrever dissertações na escola mais ou menos contrabalanceava toda a enorme carga de paparicagem que fui obrigado a suportar, aquele enorme fardo, quadril sufocante de galinha cheia de penas em cima de sua prole. Não leitores, eu tenho que explicar meu sarcasmo nas duas últimas linhas e isso é o suficiente para deixar meu ego no lugar.
Demos um monte de voltas, e nos afastamos da órbita almejada. Tudo isso vai mudar com esse blog. Essa é a resposta. Escrevendo planejo dar vasão aos meus pensamentos estúpidos e, quem sabe, começo a prestar atenção naqueles que têm alguma utilidade. Com a prática talvez eu não tenha que escrever algo tão ruim e insincero quanto essa porcaria.

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