sexta-feira, 4 de abril de 2008

fôlego

Hoje fui assistir a um documentário sobre a ótima banda Joy Division.
Os caras conseguiram captar perfeitamente o Zeitgeist dos anos em que eles produziram seus dois álbuns! Muito bom mesmo.
Eu, garoto inteligente o suficiente pra saber que sou burro, saio com um sentimento de frustração. Tenho a perfeita noção de que aqueles caras, no geral, não eram gênios (acima da média, mas nada absurdo!). Tinham alguma coisa que significava algo para a sociedade da época, o que era uma questão de química entre eles e o estado de espírito adequado (que o vocalista Ian Curtis aparentemente impunha).
Fico até o final dos créditos (para mostrar meu apreço e identificação com a banda), venho para casa andando rápido e empolgado, passo por dois caras suspeitos, um deles olha pra mim e o outro pede o celular, só que não ameaçadoramente o suficiente, quando eu passo. Ignoro, vou pro outro lado da rua e continuo até chegar em casa, quando encontro um colega de apartamento com uma de suas presas (presumo), cumprimento e abro as portas do meu prédio, subo com todo aquela empolgação, muito legal mesmo! Acho que conseguiria criar algo emblemático do espírito do tempo! (o CSS chegou bem perto disso, seu estilo é safadinho, engraçadinho, fofo e poser, como a maioria da indieligentzia paulistana)
De qualquer jeito, subo em casa, ligo o computador, coloco Joy Division, vou pra sala, pego uma garrafa de Velho do Engenho e começo a tomar com gelo! Rébelds! Volto pro computador e escrevo esse texto...
Aliás, deixa eu abaixar o som que os vizinhos reclamam.

Um comentário:

Mari Carrara disse...

Olha só... seu irmão dedurou isto aqui. li só o primeiro texto do blog. "bem escrito." hahaha beijos! eu tenho um também, que vc não vai gostar.
www.marianacarrara.zip.net